Aproximadamente 600 inscritos no concurso público do Crato deixaram de participar do certâmen por conta de um entrave jurídico, que tramita na Justiça Federal, entre a Prefeitura e o Conselho de Odontologia.
O concurso contava apenas com apenas três vagas para o setor, mas já havia 300 inscrições deferidas, além de outras 300 que ainda estavam por pagar o valor de R$150,00 de inscrição. Só na questão do ressarcimento, são aproximadamente 45 mil reais que devem ser devolvidos aos candidatos que não tiveram oportunidade de realizar as provas.
O Conselho Nacional de odontologia ingressou com uma ação sobre o concurso por conta do piso salarial da categoria, estipulado em R$7.473,00. O município do Crato estabeleceu em edital do seu a remuneração de R$5.103,21 para 40 horas semanais.
Outro caso semelhante foi em Juazeiro do Norte, em que o edital estabelecia apenas R$4.500,00 de remuneração por 40 horas semanais trabalhadas, quando o Conselho de Odontologia também ingressou com uma ação. Agora, tanto Juazeiro quanto o Crato contam com profissionais contratados ocupando a vaga de concursados e nos dois casos as provas foram canceladas.
Em contato com a Procuradoria do Município, o titular da pasta, Rennan Lobo Xenofonte, explicou que a prova não foi realizada por conta de uma liminar solicitada pelo Conselho de Odontologia. Ele disse que a gestão municipal e a Comissão Executiva do Vestibular (CEV), ligada à Universidade Regional do Cariri (URCA) estão estudando como farão para devolver o valor das inscrições.
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